Por Mariana Abreu – Réporter do Canal Integración/ EBC
O Panamá é, definitivamente, o país com o maior número de afrodescendentes dos escolhidos para a série Afrocensos 2010!
Totalmente diferente do Uruguai, quando levamos quase duas horas (!!!) para encontrar um afrodescendente – e isso porque fomos diretamente a um bairro considerado negro. A diversidade está por todas as partes, das áreas mais ricas às mais pobres, sem exceção. Shoppings, escritórios, universidades, lojas, restaurantes… a mistura é total (e, convenhamos, linda).
No entanto, o país é considerado racista e mantém alijado muitos dos afrodescendentes. Com menos renda, muitas das vezes, são obrigados a freqüentar as escolas públicas, que já não possuem o mesmo padrão de ensino que as particulares, e acabam tendo que correr atrás do prejuízo para conseguir bons trabalhos e se estar prontos para o mundo do trabalho.
Mas pelo que nos contaram, o principal problema é o conteúdo do que é ensinado nas salas de aula. O Panamá, que conta com a chegada de negros em dois momentos (um durante a época colonial e outro para a construção do Canal do Panamá), não possui referencias em seus livros de história – e, com isso, muita gente não entra em contato com sua identidade na época da escola e não aprende a ter orgulho de seus antepassados.
É por isso que o Censo é importante! Sabendo quantos são (não há nenhuma contagem oficial no momento), podem exigir mudanças no conteúdo das aulas, para espelhar as contribuições e raízes de um dos povos que mais ajudou a formar esse país. Torcemos por isso!
Olá, gostaria de saber se existem diretrizes ou legislação que determine, ou pelo menos recomende, o registro de informações referentes à raça e/ou etnia no momento da contratação, para fins de mapeamento e construção de indicadores.
Obrigada.