por Mariana Abreu, Canal Integración/EBC
Queridos leitores do Blog Afrocensos 2010, trago (eu, Mariana Abreu) minhas impressões sobre a primeira etapa da série de reportagens, em parceria com o Unifem.
Uruguai
Um país com muitas surpresas! A primeira delas é que não há um bairro negro no país, ao contrário do que imaginávamos – ou esperávamos. De carro, dando voltas pela cidade, levamos 1h30 para encontrar uma pessoa afrodescendente na rua: a simpática Ana Maria, que gosta mesmo é de ser chamada de Mariana. Sem medo ou vergonha, abriu sua vida para a câmera e revelou a situação dos afros no Uruguai.
Por onde passamos, encontramos solidariedade e boa vontade em ajudar a equipe, o projeto. Mas persistiu, durante todo o tempo no país sulamericano, a dificuldade de encontrar afrodescendentes.
Eles são menos de 10% da populaçao uruguaia, de pouco mais de 3 milhões de habitantes. Vivem espalhados. Mas, ao encontrá-los, pudemos ver que as dificuldades são as mesmas (lembrando que abordamos o subtema escolhido pelo grupo: trabalho).
No Uruguai, assim como em tantos outros países, os afro começam a trabalhar mais cedo, se aposentam mais tarde, ganham menos, possuem empregos mais precários ou informais e, entre eles, o desemprego é maior. E sim, a maioria admitiu que, para sobreviver, é preciso matar um leão todos os dias.
Entrevistamos muitas pessoas, de várias idades, situações, tons de pele, sonhos. E ficou a sensação de que, quem sabe, a série e o Censo, principalmente, podem mesmo ajudar a melhorar a vida desses afrouruguaios.
É o que esperamos!
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