por Valdice Gomes / Cojira-Alagoas
Conhecer, debater e disseminar as ações governamentais destinadas à promoção da igualdade étnico-racial com perspectiva de gênero nos diferente países da comunidade Ibero-americana. Esse é o principal objetivo de um Seminário que teve início neste domingo, dia 15 e se estende até amanhã (terça-feira), 17 de novembro, no centro de convenções do Hotel Vila Galé, em Salvador-Ba, promovido pela Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), Secretaria Especial de Políticas Púbicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e pelo governo do Estado da Bahia.
A abertura, na noite de ontem, contou com as presenças do secretário geral da Secretaria Geral Iberoamericana (Segib), Henrique Iglésias, do governador da Bahia, Jacques Wagner e do subsecretário de Políticas de Ações Afirmativas, Martvs Chagas, da embaxadora Maria Edleuza Fontenele Reis, chefe do Departamento da europa do Ministério das Relações Exteriores, além diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Ipea, Mário Lisba Teodoro e da representnte do Unifem (Fundo de Desenvolviment das Nações Unidas para a Mulher), Brasil e Cone Sul, Rebecca Reichmman.
O Seminário Experiências Ibero-americanas de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Étnico Racial com Perspectiva de Gênero reúne especialistas e representantes da ONU (Organizações das Nações Unidas), de organismos regionais de instituições nacionais de Direitos Humanos, de universidades, da sociedade civil e representantes dos governos de países ibero-americanos. Segundo os organizadores, a idéia é oferecer um fórum para países da região tratarem de temas como intercâmbio de informações sobre o processo de implementação de políticas públicas de promoção da igualdade étnico-racial com perspectiva de gênero; troca de idéias sobre como avançar os temas da agenda de Durban nos planos nacionais e regionais; de que forma integrar nas políticas e legislações nacionais as disposições contidas no Documento final da Conferência de Revisão, bem como na Declaração e no Plano de Ação de Durban, e, finalmente promover o compartilhamento de experiências nacionais no combate ao racismo e à discriminação.
De acordo com Rebecca Reichmman, o Unifem trabalha entre as dimensões de raça, gênero e etnia, destacando que as mulheres negras e indígenas vivem em estado de extrema vulnerabilidade e desprotegidas. Já Henrique Iglesias disse que é importante avançar na iguldade racial com perspectiva de gênero, sendo necessário um esforço maior das autoridades governamentais na implementação de políticas públicas nesse sentido. Afirmando que a população afro da América Latina se encontra entre as mais desfavorecidas, ele defendeu a necessidade de uma sociedade mais justa e mais equitativa para todos os habitantes das Américas.
Após os discursos de abertura, a representante da Costa Rica, Epsy Campbell Barr ministrou a conferência “Construção da Igualdade racial como cmpo das políticas públicas. Epsy apresentou dados sobre as desiguldades, reforçou que as mulheres negras e indígenas estão na base da estrutura da pirâmide social e que as ações afirmativas são mecanismos para mudar essa realidade. “É responsabilidade dos governos garantir igualdade de direitos com a distribuição justa dos recursos econômicos, sociais e bem-estar”, lembrou.
Epsy Campbell destacou que os dados do Censo são essenciais para a elaboração de políticas públicas e finalizou dizendo que é necess´rio promover o observatório das políticas públicas de promoção da igualdade racial e incorporar nas polítics de igualdde de gênero a perspectiva étnico-racial
O seminário, que também conta com apoio da Prefeitura de Salvdor, do Unifem e da FundaçãoCrolina (Espanha), prosseguiu nesta segunda-feira, pela manhã, com os paineis “Experiências Brasileiras” e Papel da sociedade civil na promoção da igualdade étnico-racial e de gênero.
Deixe uma Resposta